Entre 1917 e 1919 os operáriosanarcossindicalistas praticamente pararam o Brasil com suas greves.
Em 10 de junho de 1917, um fábrica téxtil em São Paulo estava em greve, essa greve logo se espalhou para outras fábricas. Os grevistas lutavam por aumento de salários e melhores condições de vida. Também aconteceram manifestações com operários homens, mulheres e menores de idade e em uma delas, no dia 9 de julho(nada a ver com o feriado que na nessa greve ainda não existia), um sapateiro anarquista morreu num confronto com a polícia.
Depois disso começou uma greve geral de 3 dias, de 12 a 15 de julho, em que 50 mil trabalhadores participaram e pararam os bondes, iluminação pública, ferrovias, etc. Os trabalhadores roubaram casas de comércio, depredaram bondes e aconteceram tiroteios com a polícia. As cidades ( São Paulo e mais 12 no estado de São Paulo) estavam em guerra: barricadas foram feitas nos barros operários para enfrentar os policiais.
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O governo não queria aprovar leis dando direitos aos trabalhadores, poucas foram aprovadas como a indenização por acidente de trabalho(1919) e férias de 15 dias por ano(1926). A jornada de trabalho de 8 horas só foi aprovada em 1930.
Essas greves que aconteceram ao mesmo tempo e começaram em São Paulo, apesar de terem começado de livre vontade, mostraram que existia solidariedade e organização entre os trabalhadores de diferentes categorias de emprego. Isso foi o resultado da mobilização e de conhecimento de como estavam, que a partir do final do século XIX o socialistas e anarquistas estavam fazendo.
- Roberto Malta