Contra qualquer ameaça soviética, o governo dos EUA organizou ou incentivou ações militares em países da América-Latina. Um exemplo é a Guatemala goverada pelo presidente Jacobo Arbenz que realizou uma reforma agrária que interferiu no interesse de empresas americanas nessa nação. Agentes da CIA tramaram um golpe de Estado em 1954, tiraram Arbenz do poder e instauraram um governo ditatorial governado pelo Coronel Carlos Castillo Armas que cancelou todas as leis criadas por Arbenz, como salário mínimo, limitação da jornada de trabalho, direito de greve e liberdade de expressão.
Outro exemplo ocorreu em Cuba que até 1959 era governada pelo corrupto e criminoso Fulgêncio Batista e que recebia significativos investimentos dos EUA já que era o que os americanos precisavam. Em 1959 ele foi deposto pelos homens do revolucionário Fidel Castro que assim que assumiu o poder realizou uma reforma agrária que atingiu latifundiários cubanos e empresas açucareiras dos EUA.
Embora Castro não tenha se declarado comunista até então, os americanos suspendaram as importações de açucar e fumo cubano e por causa desse bloqueio Castro negociou com a URSS que abriu os mercados da Europa Oriental para o açucar de Cuba. Depois desse ato que os EUA consideraram como uma aliança entre Cuba e URSS, autorizaram a CIA a treinar exilados cubanos para invadir a ilha e derrubar Castro. A invasão da Baía dos Porcos(ocorrida em 1961) foi um desastre completo.
Capa da Revista Veja sobre a Crise dos Mísseis de 1962, nas imagens temos Fidel Castro(Esquerda), John Kennedy(ao centro, presidente dos EUA) e Nikita Kruschev(a direita, líder da URSS) |
- Roberto Malta