Esse programa de reformas de base levou a forte reações. Empresários, altos oficiais, latifundiários, políticos de direita e alguns membros da Igreja Católica classificavam o programa de comunista e além disso, em parte da imprensa falada e escrita os conservadores influenciaram a opnião pública e colocaram a classe média contra Jango.
Quem apoiava essas reformas eram os políticos progressistas. as centrais sindicais, a UNE, as Ligas Camponesas, oficiais de baixo escalão e outros membros da Igreja Católica. Mas esses grupos não estavam unidos e alguns deles pediam reformas mais extremas. Os esquerdistas pregravam as reformas ou reformas mais radicais em congressos, comícios, livros, panfletos, greves, etc.
O Brasil estava dividido politicamente e também lidava com uma forte crise econômica e social. Essa insegurança deixou investidores longe do Brasil e os EUA não concordaram em renegociar a dívida externa do Brasil. Por causa disso, Jango colocou em vigor a Lei de Remessa de Lucros(que dizia que parte dos lucros das multinacionais deveria ser aplicado no Brasil) no começo de 1964.
Já que o Congresso não aprovava as reformas de base, Jango pediu auxílio diretamente com as massas urbanas e ocorreu um grande comício na estação ferroviária Central do Brasil no Rio de Janeiro e no final do comício Jango assinou o decreto que desapropriava as terras nas margens de ferrovias e rodovias.
Marcha da Família com Deus pela Liberdade, em que 400 mil paulistas pediram a deposição de Jango |
- Roberto Malta
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