Sabemos que a Idade Média foi um período marcado por
conflitos violentos, era um período extremamente instável, assolado por guerras
e batalhas sangrentas. Tal realidade obrigava aos projetistas a
desenvolverem
construções otimizadas para
a proteção de seus habitantes. Isso gerou uma multiplicidade de fortes
e castelos ao redor do Continente Europeu,
cercados por altas torres e espessas muralhas. Sendo assim, atravessar tais
defesas era um trabalho hercúleo, que, em sua natureza requereria um campo a
parte no estudo dos combates medievais.
Nascia ai a arte do cerco.
O cerco
consistia em
cercar (quem diria!?) o inimigo dentro de seu próprio castelo, fazendo um
bloqueio para evitar que mensageiros fossem enviados em busca de reforços ou,
principalmente, a chegada de suprimentos; na
esperança de que suas tropas cedessem a escassez de alimento e
entregassem o castelo sem luta. Para castelos bem providos, no entanto, isso
podia levar meses ou até anos. A invasão, torna-se, nesse cenário interessante
e os comandantes de cerco tinha uma variedade de táticas para executá-la (ou
mesmo promulga-la ) a seu dispor.
A primeira delas por
mais ridículo que possa parecer era simplesmente esperar do lado de fora do
castelo. Na realidade, se pensarmos bem a ideia não é nada idiota, enquanto o
exército atacante estivesse cercando o castelo o mesmo não poderia receber
provisões e de uma maneira ou de outra acabaria por ficar sem mantimentos e se
renderiam. No entanto os ocupantes do castelo poderiam possuir provisões o
suficiente para se manter no castelo por um longo tempo e manter as tropas do
lado de fora não era uma tarefa fácil, exigia altos custos, o alimento era
pouco e com o passar do tempo o numero de desertores aumentava.
A outra tática consistia
em tentar invadir o castelo, no entanto para conseguir tal feito eles passavam
por severas dificuldades. Tais como:
Subida Perigosa: Para chegar ao topo
das muralhas o exército atacante passava por várias dificuldades. Subir a
muralha escalando era impossível, portanto os soldados utilizavam longas
escadas para isso, o que é desnecessário dizer que era extremamente perigoso,
ou utilizavam Torres de Cerco, grandes torres móveis de madeira, cobertas com
couro (para impedir incêndios) que comportavam diversos soldados em seu
interior, quando a torre estava próxima o suficiente da muralha os soldados
“desembarcavam”.
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Chuva de
Flechas: O ataque feito pelas chuvas de flechas era uma das maiores
vantagens daqueles que estavam dentro da fortificação, os arqueiros atiravam
flecha do alto das muralhas para atingir o exército inimigo e algumas delas
continham pontas em chamas, as quais eram úteis para atear fogo aos
acampamentos inimigos.
Banho
Fervente: Outro dos grandes problemas para os invasores eram os
caldeirões cheios de óleo (e outros líquidos combustíveis) fervente que eram
despejados por sobre eles. Os líquidos ferventes podiam matar ou incapacitar
diversos inimigos de uma só vez e ainda tornavam mais fácil para os arqueiros
com flechas flamejantes atear fogo ao inimigo.
Mesmo assim o exército atacante recorria a técnicas
elaboradas e máquinas de guerra para passar pelas grandes muralhas de pedra que
protegiam a fortificação. Por exemplo:

Quebra-Quebra
na Idade Média: Um dos problemas para os invasores eram os grandes
portões construídos nos castelera necessário destruí-los e para que isso ocorre-se com sucesso foram
criados os Aríetes.
Aríetes eram estruturas móveis de madeira
recobertas com couro que continham em seu interior enormes troncos com pontas
de aço suspensos com cordas que eram batidos contra os portões para derruba-los.
Outra
técnica utilizada era a colocação de “bombas” nos portões. Essas bombas eram
basicamente sacos de óleo que eram colocados nos portões (áreas mais frágeis
das muralhas) e depois incendiados.
Campo
Minado e Batalha as Escuras: Os invasores costumavam
cavar tuneis que reforçados com pedaços de madeira serviam para que pudessem
chegar a base das muralhas, depois saiam e ateavam fogo, a madeira colocada
pegava fogo cedia e fazia com que a terra e o pedaço da muralha desabassem junto.
Algumas vezes aqueles que estavam dentro dos castelos percebiam a criação dos
tuneis e criavam outro túnel para interceptar os invasores, quando os grupos se
encontravam logicamente começava a batalha que se realizava em plena escuridão,
essas eram as piores e mais violentas batalhas dos cercos.
Catapultas ou quase isso... Outra maneira
de destruir as grandes muralhas, e que evitava as batalhas no escuro era a
utilização de catapultas. Na realidade não eram exatamente catapultas, as
catapultas não eram mais fabricadas desde a Idade Antiga no lugar delas era
usado o Trebuchet.Os projéteis disparados podiam ser usados para quebrar,
incendiar ou aterrorizar, sim aterrorizar, para isso era comum que cabeças
decepadas fossem atiradas. Outra diferença do Trebuchet para a catapulta era de
que era possível para o Trebuchet atirar projéteis por cima das muralhas e não
só nas mesmas.
Uma vez que as muralhas fossem ultrapassadas vinha a parte
relativamente fácil. Os atacantes invadiam o castelo e tomavam o controle de
todo o feudo. Simples assim.
E você, como invadiria um castelo medieval?
-Luis Gustavo
“Polônia” Matias
Agradecimentos especiais:·
Bettina
Messias Sonvesso·
Victor
Quarentei Ciaccio
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